Seminário Novos Rumos – Capacitando Jovens nas Técnicas Culturais

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Alguns dos participantes, convidados e equipe Spectaculu posam juntos ao final do Seminário Novos Rumos (Foto: Camila Mariel)

Spectaculu sedia encontro de discussão com autoridades nacionais e internacionais

 

A Spectaculu realizou em 02 de julho a primeira edição do seminário “Novos Rumos: Capacitando Jovens nas Técnicas Culturais”. Grandes autoridades nacionais e internacionais se reuniram para discutir as perspectivas de formação e treinamento técnico de jovens para as indústrias criativas. O evento é uma das ações da parceria entre Spectaculu, British Council e People’s Palace Projects para o projeto Scene Change, que busca o intercâmbio de expertise cultural entre Brasil e Reino Unido.

 

Alguns dos participantes, convidados e equipe Spectaculu posam juntos ao final do Seminário Novos Rumos (Foto: Camila Mariel)

 

Representantes de organizações não governamentais, grandes empresas da indústria criativa e instituições culturais, como Rede Globo, Museu de Arte do Rio, Universidade das Quebradas, Festival Panorama e Cia. de Mystérios e Novidades, acompanharam uma tarde inteira de painéis de discussão, focados no compartilhamento de práticas locais e internacionais. A vice-presidente da Spectaculu Marisa Orth fez as honras da casa, contando aos presentes a história da fundação da escola e do trabalho desenvolvido no galpão centenário desde 1999: “Como treinar os jovens de hoje para as indústrias criativas do amanhã? Como aproximar o jovem dessa indústria? Estes eram os nossos desafios há 15 anos. Continuam sendo e sempre serão”, arrematou.

 

Marisa Orth faz as honras da casa (Foto: Beatriz Carelli)

 

Spectaculu abre o Seminário Novos Rumos com casa cheia (Foto: Camila Mariel)

 

Na mesa de abertura, mediada pelo diretor do People’s Palace Projects Paul Heritage, o diretor de Artes do British Council UK Graham Sheffield, o presidente da Funarte Francisco Bosco e o secretário municipal de cultura do Rio de Janeiro Marcelo Calero apresentaram aos convidados um pouco do trabalho desenvolvido pelas instituições no fortalecimento setorial do mundo dos espetáculos. “É preciso haver sinergia entre os artistas e a viabilidade do setor, das pessoas que trabalham na indústria criativa”, afirmou Graham.

 

Graham Sheffield (British Council UK) fala aos presentes (Foto: Camila Mariel)

 

As boas práticas de instituições internacionais foram o assunto da Mesa 1, mediada pelo diretor de Artes do British Council Brasil Luiz Coradazzi. No bate-papo com Andrea Stark (High House Production Park / UK) e Ipojucan Teixeira (Spectaculu), o diretor do Cultural Skills Unit do British Council UK Simon Dancey apresentou a metodologia da instituição, que realiza projetos voltados para transformação social, formação, troca de fomento das indústrias e acesso a comunidades marginalizadas: “Minha maneira de transformar as coisas é buscar envolver mais jovens para que eles possam mudar as coisas da maneira que desejam”.

 

O diretor de Artes do British Council Brasil Luiz Coradazzi media a Mesa 1 (Foto: Pedro Werneck)

 

Já a diretora do High House Production Park explicou o funcionamento da instituição, que atua como uma incubadora de aprendizado do tradicional Royal Opera House de Londres e é um modelo de inspiração de gestão e autofinanciamento: “Para garantir que possamos ter uma indústria criativa de alto nível, é preciso que ela esteja envolvida com o treinamento da nova geração”, explicou Andrea. O jovem Ipojucan Teixeira (Adereços 2014) também participou da mesa e compartilhou sua experiência durante o intercâmbio promovido pelo projeto Scene Change, no qual visitou diversas instituições de ensino técnico de Londres e representou a Spectaculu durante evento especial no Royal Opera House em março de 2015.

 

A diretora do High House Production Park Andrea Stark fala aos convidados (Foto: Pedro Werneck)

 

A mesa 2, mediada pelo coordenador pedagógico da Spectaculu Rogério José de Souza, trouxe à discussão as questões das práticas locais quanto à formação dos jovens e a inserção na indústria criativa do Rio de Janeiro, protagonizadas pelo diretor do Circo Crescer e Viver Junior Perim, do gerente de Cultura e Arte do Sesi RJ Antenor Neto e da coordenadora de metodologia da Agência de Redes para a Juventude Ana Paula Lisboa. “Precisamos ‘desescolarizar’ a educação e ‘culturalizar’ a escola para que os alunos construam um pensamento diante da vida. A arte e a cultura são fundamentais para isso”, afirmou Antenor Neto. Junior Perim catalisou a discussão a respeito das relações entre políticas públicas, indústria criativa e capital: “Discutir a dimensão econômica do que a gente faz é fundamental, porque trabalhamos com pessoas que precisam de acesso aos meios de produção”.

 

Participantes da Mesa 2 discutem práticas locais na área da formação técnica de jovens para a indústria criativa, mediada pelo coordenador pedagógico da Spectaculu Rogério José de Souza (Foto: Camila Mariel)