Spectaculu faz doações de acervo e mantimentos para coletivos
O enfrentamento aos efeitos do novo coronavírus sobre o país pede por solidariedade e colaboração entre todos. A Spectaculu acredita nisso e, no mês de abril, se engajou em doações para contribuir com quem mais precisa. A escola doou mantimentos para famílias de um prédio ocupado no Centro do Rio. Em outra ação, também fez uma parceria com afroempreendedores das periferias para promover a confecção de máscaras reutilizáveis.
No início de abril, a Spectaculu doou todo o seu estoque de alimentos não-perecíveis para 47 famílias que ocupam um imóvel da Rua Washington Luís, na Lapa. A famílias vivem no local desde as enchentes que castigaram o bairro de Realengo (Zona Oeste do Rio) em março. São 150 pessoas, entre idosos, crianças e grávidas, vivendo sob ameaça de despejo e da proliferação do novo coronavírus, contando com a solidariedade da sociedade civil.
Os alimentos faziam parte das doações quinzenais de mantimentos que recebemos desde 2018 do Clube Manouche e da Casa Camolese – só no ano passado, a Spectaculu recebeu 1,5 toneladas de alimentos doados pelos estabelecimentos. Com a suspensão temporária das atividades presenciais e do oferecimento das mais de 150 refeições diárias para alunos e equipe, a escola atendeu à mobilização da cantora e atriz Janamô (‘Musical Elza’) e das ex-instrutoras Cyda Moreno e Maria Clara Wasserman e colaborou com a causa.
Máscaras e solidariedade para as comunidades
A Spectaculu também realizou uma ação de solidariedade e parceria com afroempreendedores das periferias do Rio. A escola emprestou uma máquina de costura e doou tecidos para que designers do coletivo Afrocriadores confeccionem máscaras para prevenção do coronavírus. A iniciativa reúne as marcas O Verbo, Andreia Brasis, Santa Resistência e Liana Dafrika Modas, comandadas por empreendedores negros de diversas partes do Rio.
As marcas vão confeccionar máscaras reutilizáveis. Uma parte do material será doada para a Casa Maria de Magdala (Nitéroi), comunidade Boogie-Woogie (Ilha do Governador) e Lagoa Presente. A outra parte será comercializada pelo coletivo e vai gerar trabalho para costureiras, cortadores e outros trabalhadores de regiões das periferias do Rio, como Jacaré, Guadalupe, Mesquita e Nova Iguaçu, que se encontram sem renda neste momento.
Interessados em adquirir as máscaras devem entrar em contato com o coletivo Afrocriadores através das redes sociais.